sábado, 22 de outubro de 2011

A mulher que sonhava

 O nome Ana quer dizer "Cheia de graça" e era mesmo, pois recebeu do Senhor a graça que sonhada: um filho!! Todos os anos Ana subia com seu marido Elcana para fazer uma adoração anual no tabernáculo. Chegando lá angustiava seu espírito orando e buscando, pediddo a Deus que ouvisse suas orações e concedesse a graça de segurar em seu braços um rebento, fruto de seu ventre.
Nos tempos em que Ana viveu, as mulheres que não tinham filhos eram profundamente desprezadas pela sociedade. Isso muito a afligiu, pois além de tudo seu esposo tinha uma segunda esposa que já havia dado a luz, para o marido isso era irrelevante, mas não para Ana...Ela não se conformou com a impossibilidade, mas enchergou pela fé que todas as coisas são possíveis aos que creem.
Ana então decidiu por fazer um voto, um propósito com Deus: "Se der a luz a um filho ele será teu Senhor, navalha não se passará em seus cabelos, será consagrado a ti como nazireu. Entregarei meu filho para que sirva ao Senhor por toda sua vida no tabernáculo."Certa vez, buscou tão fervorosamente que o sacertote a repreendeu, julgando que ela estivesse bêbada...depois que a mulher contou sua história ele ficou tão compadecido que a abençoou e naquele mesmo ano algo de maravilhoso ocorreu. Depois de muitos anos e de muita perseverança e humilhação o tempo da exaltação chegou!! Ana pode dar a luz ao pequeno Samuel e pode fazer a melhor coisa que um ser humano pode fazer: abrir mão de seus maiores sonhos para que o sonho de Deus para o povo dele pudesse se tornar real! Não que Deus não possa realizar seus propósitos, ele escolheu dar a Ana o privilégio de fazer sua parte!! Ela entrega seu filho não com tristeza e sim com alegria e inteireza de coração, por ter escolhido cumprir a palavra que havia dito ao Pai. Samuel era o menino que ouviu Deus e fez com que outros pudessem conhecer esse Deus através de seu triplo ministério de juiz, sacerdote e profeta.

Por Juliana Sanches

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A mulher que perdeu uma dracma

 Uma homenagem à toda a mulher que como esta não tem nome, nem rosto, mas identificável é por seu exemplo de disciplina e perseverança diante da perda: A mulher que perdeu uma dracma. Lc 15:8-10: "Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma dracma, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la?E achando-a, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido. Assim, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende."
Jesus contou uma parabóla sobre uma mulher que havia perdido uma drácma,uma moeda de prata de valor equivalente a um denário, ou seja, salário de um dia. Em sua procura, varreu sua casa acendeu sua candeia e diligentemente buscou por ela até que a encontrasse, quando isso ocorreu ela chamou suas amigas, dizendo: "Encontrei minha dracma perdida!!Alegrai-vos comigo!!" Jesus compara a alegria dela com a alegria celestial diante do arrependimento de um pecador!! Somos a dracma do Pai, Ele ama cada ser humano!! Uma moeda pode parecer insignificante mas não para quem a conseguiu com trabalho, Jesus quer que entendamos que nosso valor é inestimável e por isso mesmo se deu por nós naquela cruz...você vale o preço da cruz se você crer nisso será comprado e salvo por Ele e nós céus será feita uma linda festa por amor de sua vida!! Alguém te procura, saiba disso, se você ainda estiver em um canto escuro da casa, venha para luz!!


Por Juliana Sanches

sábado, 7 de maio de 2011

A reconstrução do colo materno

Ao pararmos e pensarmos longamente sobre o que dar as nossas  mães neste domingo, temos uma só atitude: Consumismo. Sim, o dia das mães, muitas das vezes é somente mais uma data consumista. Mas como reverter esse quadro? Soa como um impropério deixar de presentear neste dia, e nem eu diria tamanha aberração. O que é um “mimo” para quem nos mima?
O problema é que a sociedade consumista tem deixado de amar e deixando de amar tem deixado de respeitar.
Para analisarmos, contemporaneamente, precisamos nos remeter ao texto de Isaías 49:15: “pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti.” Podemos atualmente fazer duas leituras:
1. O amor de mãe por ser tão intenso sublime e sincero foi colocado como exemplo, a possibilidade remota de uma mãe esquecer-se do filho, demonstra o inigualável amor de Deus por nós e que diante dessa impossibilidade seria o verdadeiro refúgio amorável, cuidadoso e benigno para com os seus. Era algo mais raro o abandono em outros tempos.
2. Quando uma mãe abandonar seu filho ele não estará só, pois encontrará em Deus seu cuidado, direção, amor e ensino. Hoje essa possibilidade tem se tornado tão comum que as pessoas diante do abandono se agarram a este versículo, porque tem seu consolo através desta revelação.
E essa revelação nunca foi tão pertinente em nossa geração. O conceito de maternidade mudou e o conceito de abandono também mudou. Todavia seus efeitos são os mesmos ao longo dos séculos. A humanidade se reinventa a cada dia, mas não reinventa suas dores e suas angústias, elas são as mesmas. Conectamos-nos com o mundo e nos sentimos sós ao lado de nossas mães, a presença física de alguém muitas vezes não implica em companhia. E paradoxalmente a isso, com as redes sociais, uma pessoa distante consegue ser “mais presente”. Ora clamamos por presença, ora clamamos por coração e colo. As pessoas não querem mais admitir a falta que um colo de mãe faz.
Por outro lado, muitas mães ainda não descobriram a importância de seu colo. E por isso acabam construindo com seus filhos um relacionamento “fake”. E esse tipo de relacionamento se expande para outras esferas como casamento, amizade, namoro, etc. Em algumas situações vemos a realidade do abandono ser literal e sofrida, um fardo para quem carrega, uma dor para quem sente. Essas pessoas, em Cristo é que podem ser curadas, ajudadas por aqueles que creem na verdade de Deus e simplesmente vivem essas revelações.
Ainda analisando o lado oculto da moeda, podemos ver que quem abandona um dia pode se arrepender. Muitas vezes o abandono pode ser imposto para ambas as partes e os anos encobrirem a verdade... A verdade sempre é libertadora.
Então se amanhã, você tiver alguém para chamar de mãe, ainda que não seja sua mãe, aproveite sua presença ou encurte sua distância. Reparar erros do passado só depende dos envolvidos, não deixe que o ressentimento apodreça seus ossos, veja Salmos 38:3-5: "Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado.Pois já as minhas iniqüidades submergem a minha cabeça; como carga pesada excedem as minhas forças. As minhas chagas se tornam fétidas e purulentas, por causa da minha loucura." Pense no ressentimento como um mal, e até mesmo como um pecado, além disso o ódio, o resentimento prejudicam o "portador", por assim dizer. Não compre simplesmente o melhor presente, seja o melhor presente de alguém. Reconstrua seu colo materno, seja mais mãe, mas também seja mais filha. Para não fugir do protocolo: FELIZ DIA DAS MÃES!!

Por Juliana Sanches

quarta-feira, 16 de março de 2011

Quanta displicência...

Para ser diligente com algumas coisas é preciso ser displicente com outras...até o Dia Internacional da Mulher passou em branco neste blog...aliás, com tanta correria, agora saberei quem são meus verdadeiros amigos...aqueles que me suportam...quem me suportará?? Pois é...perdão??
Bom... Em provérbios temos uma bela imagem bíblica quando diz que a mulher sábia edifica sua casa e a tola a derriba com suas próprias mãos... Isto me preocupa, pois tenho feito escolhas, eleito prioridades e muitas vezes me pergunto se estas prioridades são as que o Pai tem escolhido para mim... Será que tenho sufocado a voz de Deus que é mansa e suave... Não posso deixar que minhas mãos sejam instrumentos para derrubar, mas para construir...
Por outro lado, os provérbios também nos trazem à memória um retrato bem parecido com o da mulher moderna... Parecemos um navio mercante que de longe trazemos nosso pão!! Com certeza, a mulher atual tem tido esta atitude... As ocupações, os cargos, a família os amigos... Como dar conta de tudo?? Às vezes, queremos chorar uma lágrima bobinha e às vezes engolimos um choro enorme, só para nos defender a nós mesmas ou os nossos... Isso é ser mulher!
Acho tão complicado o Dia Internacional da Mulher, porque não tenho essa postura inimaginável, inalcançável, acima de qualquer mistério, acima de qualquer impossibilidade... e esse mito, para mim, não é um “espelho”...acho a imagem bíblica atingível e isso, porque nesta não é proibido assumir minha delicadeza e fragilidade, pois tenho um Deus que me sustenta em todo tempo...
São lindas as mensagens que recebo neste dia, mas a mais bela de todas é a imagem da dependência que as mulheres de hoje odeiam assumir... Não digo que precisamos ser pessoas sem alma e sem autonomia... Sem opinião e sem vontades,  mas o que digo é: dependa de Deus e não se envergonhe desse relacionamento!!
Feliz Dia Internacional da Mulher, atrasado!!

Por Juliana Sanches

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Até quando?

http://br.noticias.yahoo.com/s/11022011/25/mundo-imagem-afega-desfigurada-ganha-premio.html

Até quando permitiremos que nossos direitos sejam violados??Até quando assistiremos às barbaridades em silêncio??
Defendemos as árvores, a diversidade cultural, a água e o solo...ou seja defendemos as coisas e nos esquecemos das pessoas...defendamos os patrimônios naturais e cultarais, mas não nos esqueçamos das mulheres...
Assistimos às barbaries silenciosamente enquanto o grito de dor da violência doméstica é camuflado pelas leis que não funcionam...A dignidade humana perdeu seu valor, é fato.
Enquanto a igreja de Cristo aguarda às respostas das orações para satisfazer seus deleites, muitas mulheres padecem sem o conhecimento da verdade que liberta!! Sejamos porta-vozes da vida do amor e da esperança de Cristo. Assim talvez, através da pregação do evangelho vejamos diminuir a mutilação, o sofrimento e a exploração de muitas mulheres, inclusive no meio evangélico, mas sobretudo nas comunidades onde não existem leis que protejam as mulheres.
Precisamos parar de olhar pelo nosso "mundinho pessoal" e pensar na diversidade, respeitar às diferenças não significa apoiar a violência...falta  o caminho da ponderação. Enquanto a vaidade cresce, muitas pessoas têm sua aprência física e autoestima destruídas para sempre por falta de quem as defenda. Estou chocada e profundamente triste, até mesmo com meu egocestrismo pessoal...o que tenho feito e até quando não me manifestarei a este respeito?

Por Juliana Sanches

domingo, 16 de janeiro de 2011

Atitude

Seja o negro céu que sobre mim
se estende
Seja a doce voz que na solidão
me responde
Seja a distância que entre nós
se espande
Seja o lindo sonho que em meu ser
se esconde
Seja sempre a resposta que
nunca responde
Seja a triste saudade que jamais
se confunde
Seja como a óssea firmesa que não
se contunde
Seja o calmo ouvir em meio
a inquietude
Seja sempre meu cais na grande
amplitude
Seja o meu, tão meu, amor...
amor que me ilude...

Por Juliana Sanches